domingo, 18 de julho de 2010

Um devaneio sobre verdades.


Há algum tempo lí um livro bem interessante sobre verdades e bateu uma saudade dele nessas férias. Resolvi pegá-lo para dar uma olhada...eis que vejo o seguinte diálogo entre o personagem principal (André) e seu professor:
- André!
Nenhuma resposta.
- Então, André, não quer me responder?
- É que não me chamo ''André''...
- Está brincando comigo?
- Não, senhor. Simplesmente, não me chamo assim.
- Como se chama então?
- René Descartes!
Na classe, era uma gargalhada geral.
- Você sabe PERFEITAMENTE que isso não é verdade!
- Quem pode saber o que é verdade e o que não é?
(O Dia em que a Verdade Sumiu, Pierre-Yves Bourdil).
E eu, cá com os meus botões comecei a pensar nas verdades impostas pela sociedade, nas verdades imutáveis (o céu é azul) e nas verdades tortas, sabe? aquelas que nada mais são do que aquilo que acreditamos: nossas verdades. E pensei também no fato de ninguém saber o que é realmente verdade na maioria das coisas e no quanto isso é maravilhoso, e no quanto isso pode render boas discussões e boas lições, afinal, se já soubéssemos tudo, ninguém discutiria sobre nada e seríamos fúteis e limitados. As verdades que a sociedade impoe são as que mais me irritam: 'trabalhem como escravos em troca de papel', 'compre tal produto' , 'vote em mim nas eleições' , 'escolha trabalhar nesta determinada empresa e escolha fazer este curso pois você certamente ganhará dinheiro' . Que negocio é este? Eu devo escolher o que devo fazer em sociedade e como devo agir (claro, sendo sempre bom, cordial e fazendo aquilo que julgamos correto). Acho ridiculo o fato dessa sociedade capitalista manipular cada segundo da nossa vida! Estou irritada.. vamos passar para as verdades imutáveis.
Elas existem e são claras para qualquer um de nós e ninguém as contesta (exceto as crianças que teimam em pintar as núvens de azul e afirmam que a água também e azul). E as nossas verdades: essas são legais! é a nossa capacidade incrível de criar um céu rosa, roxo, verde, amarelo e o mesmo ocorre com as núvens! E com essa nossa capacidade também podemos pensar e contestar nossa sociedade, afinal: são NOSSAS verdades.

12 comentários:

Juliana Pedroso disse...

Para mim.. a sociedade não nos manipula.. ela nos induz á uma verdade... Em meu ver, as piores verdades que são impostas são as das religiões.. As pessoas acreditam nas verdades impostas pelas religiões.. e seguem isso... eu não acho certo.. Bom.. é só minha humilde opinião! rsrs Beijos

Lari Reis disse...

Eu vejo tudo como um ciclo. A sociedade manipula e se deixa manipular. Claro, não são todos que aceitam facilmente uma manipulação, mas muitas são tão comuns que a gente nem percebe. Algumas são até benéficas. Existem "verdades" absolutas que existem para nos livrar do fardo de ficar buscando respostas para questões que não possuem respostas, isso enlouquece! HEHEH!
Mas você tem razão, a sociedade capitalista manipula... É um dos seus princípios.

Anônimo disse...

pra mim quase tudo o que a gente afirma como verade vem a cair ou a ser contestado no momento seguinte, e isso gera riqueza quando se há respeito às diferentes formas de pensar, e retrocesso, quando prevalece a intolerância.

Se as vedades vem de fora (sociedade), ou de dentro de nós, não sei... mas que a luta interna é mais difícil, tem quase certeza que seja.

Um beijo!

Alessandra disse...

Nós deixamos a sociedade nos manipular, por medo de não estar por dentro das coisas se pararmos de fazero que todo mundo faz. Ou achar o que todo mundo acha.
Nós temos que redescobrir a originalidade.
Beijos, adorei o blog.

disse...

A sociedade impõe e acabamos seguindo muitas vezes. Mas no geral, nem mesmo percebemos isso. E acaba se tornando uma verdade nossa também...
Ruim é quando fazemos algo que não concordamos, simplesmente pra seguir esse padrão. Aí sim é perigoso.

Gostei do blog, vou seguir ;)
Beijos!

Rodrigo Melo disse...

As verdades dão cíclicas e mutáveis. A mesma afirmação verdadeira hoje não se firmará amanhã. O que vale é a SUA verdade e nas quais você quer acreditar. Nunca de maneira cega, induzida e sem volta. Seguindo... ; )

Anônimo disse...

Desde criança me perguntava porque as pessoas tinham que se matar tanto para ganhar dinheiro. Afinal, pra mim aquilo era só papel. Adorava aquela época em que eu desenhava dinheiro e dava pro meu pai, e dizia que ele podia ficar em casa agora, ja que eu podia fazer um monte de dinheiro e poderíamos ficar ricos.
Sinto saudades dessa inocência.
Me irrita essa coisa de gente capitalista. Tudo gira em torno do comprar e vender. Tudo gira em torno do consumir, ter, conseguir, possuir, e o pior: ser de classe mais alta ou mais baixa.
Tenho pena dessas pessoas sabe, que pensam que tudo gira em volta de papel verde.
Todos deveríamos tentar pintar o céu de rosa... a inocência deveria nos ser devolvida.

L and the Bijous disse...

Sabe que logo no primeiro período de Comunicação aprendemos que não somos manipulados por completo?

Eu concordo. Só porque a sociedade passa a aceitar crimes, eu não vou matar alguém (pelo menos eu acho, hahaha). Seria fraco demais para isso. Viu? O indivíduo tem lá sua culpa no que faz também...

Beijo.

Carla Martins disse...

Floor eu amei o blog ! já te seguindo ;*

Anônimo disse...

Oi lívis!!!
Nos conhecemos do meu antigo blog almaamarela.blogspot.com, hoje já extinto. Estou com um novo blog:
http://inquietacoestamanhas.blogspot.com

vem fazer uma visitinha!?!?

Bjos!

Jéssica Dominick disse...

adoro esse blog, estou aqui quase todos os dias. Belo post!

Anônimo disse...

Oi =) pra quem não lembra eu sou a Amanda Romero do Keep Breathing e estou reabrindo o blog. Fiquei um tempo sem escrever por falta de tempo, mas quem escreve sabe que quando não se coloca essas palavras pra fora a mente vira um furacão.
Tem post novo (http://amanda-romero.blogspot.com/2011/06/o-problema-voce-nasce.html)
e se gostar da uma olhadinha no resto do blog =) http://amanda-romero.blogspot.com/

Obrigada.

/Senti falta dos segredos de liquidificador =)